sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Daqui da Oca

Desde a Clara chegar eu me aproximei desse grupo, o grupo que se autointitula, ironizando como o mundo nos vê, "azíndia". As índias. Porque eu queria parir (não rolou), amamentar (tá rolando) e outras coisas assim.

E aí a Clara foi crescendo e eu também estava meio pra isso na alimentação, sem porcarias. Nas fraldas - ela teve assaduras, dá-lha fralda de pano.

Depois as alergias alimentares que dramatizaram tudo - nada com corante, conservante, nada industrializado. Segura o açúcar, a gordura, o negócio é fazer salada de frutas e ser feliz.

Chega o Lucas e eu continuo aí, com o peito de fora, ouvindo que "ele é muito grande pra mamar!" e outros blá blá blás sem nenhum embasamento científico e muito desrespeito pela convicção alheia.

E agora o Lucas tem alergia da fralda. Alergia, mesmo, nível "ai, não vai dar pra ficar de fralda!". Lá vamos para uma semana de fraldas de pano. E a alergia está sumindo.

Se eu sou índia, fica aqui meu respeito a esse povo conectado com a terra e mais próximo de Deus. Que prazer seria ser um deles - que orgulho representá-los nas minhas escolhas e atitudes.

Pode vir visitar.

Aqui na oca tem tapioca fresquinha e suco da fruta. Capaz de em breve a gente começar a plantar, porque a mamãe bem já anda dando preferência para o setor de orgânicos na feira. A gente prefere os pequenos produtores. A gente prefere roupa que demora pra fazer, com agulha e linha. A gente prefere tentar se reconectar à terra, na esperança da Terra durar mais. Bora?

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