Eu imaginava e tal, todo mundo sabe que quando chega essa fase de falar de tudo, fazer quase de tudo, a criança fica uma figurinha. Mas quando acontece, mesmo, é impossível que você não se surpreenda pelo menos um pouquinho.
São ótimos exemplos:
* Eu chego em casa, ela vem correndo, me abraça, me beija. Às vezes, sem nenhum motivo especial, ela me pergunta "mamãe, o que você trouxe? Você trouxe pra mim, o quê?". Se eu não trouxe nada, eu digo que não trouxe nada, e ela faz um biquinho. Se eu trouxe, mesmo, dou o agrado. Ou então acontece como ontem.
- Mamãe, o que você trouxe? Você trouxe um pirulito pra mim?
- Ah, filha...! Não trouxe pirulito. Mas eu tenho uma bala. Você quer uma bala?
- Quero!
E eu, como sei que Clara quase não come doces, fiquei com um pouquinho de dó. Poxa vida, quem nunca foi criança e quis um pirulito?
- Olha, hoje a mamãe tem a bala... Mas amanhã eu trago um pirulito, tá bom? Hoje não tem pirulito.
- Ah... Pena!
E depois de um suspiro:
- Bala tá bom. Obrigada.
* Perguntamos se ela quer sobremesa. Com a mão na barriga, ela responde:
- Não, obrigada. Comi taaaaaaantooo.
* Quando estamos tentando fazer alguma coisa importante, pedimos licença. Deve ter sido isso que ela tinha em mente quando o pai estava falando e falando, e ela estava sentada no sofá:
- Papai, dá licença. Estou assistindo a Dora.
* Eu entrei no quarto dela, logo saí. Então ela entrou, ficou parada na porta, e me disse, mostrando com as mãos:
- Mamãe. Este é o meu quarto. Não entre no meu quarto, por favor. Este é o seu quarto. Entre aqui.
* Quando o pai está indo para o MBA:
- Mamãe, papai foi estudar? Ele tá estudando? Eu também vou estudar.
Junta as coisas e vai andando pra porta.
* Quando eu chego do trabalho:
- Tchau, mamãe. Tchau. Preciso ir trabalhar!
De bolsa à tira-colo.
E não acaba. E eu quero lembrar de tudo. Cápsulas de delírio no meu dia.
Ana adorei seu blog, lindos seus textos e ainda por cima ajuda a matar a saudade....Bjs
ResponderExcluirObrigada, Neis! Venha sempre...! Muitas saudades, beijos!
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